Lina Bo Bardi - uma grande referência entre os arquitetos modernistas

By Heloise Travain - abril 24, 2014

Achillina Bo, italiana, nasceu em 5 de dezembro de 1914. Formada na Faculdade de Arquitetura de Roma (1939). Em 1940 muda-se para Milão, onde trabalhou no estúdio "Bo e Pagani". Colaborou até o ano de 1943 com Gio Ponti para revista Lo Stile - nella casa e nell´arredamento. Em 1945 funda com Pagani e Bruno Zevi a revista semanal  'A' - Attualità, Architettura, Abitazione, Arte, editada em Milão.
Ao mudar para Roma em 1946, casa-se com o jornalista  Pietro Maria Bardi, logo parte para o Brasil com seu marido que ira fundar e dirigir um Museu de Arte, apesar de Lina ter preferência por Rio de Janeiro, São Paulo foi escolhida. Assim, em 2 de outubro de 1947 é fundado o Masp - Museu de Arte de São Paulo, instalado provisoriamente no segundo andar da sede  dos Diários Associados. Nesse mesmo ano Lina realiza design de jóias com pedras brasileiras. Em 1950 funda Habitat - Revistas das artes no Brasil e projeta reformas nos edifícios dos Diários Associados, assim o Masp começa a ocupar dois andares.
"Quando a gente nasce, não escolhe nada, nasce por acaso. Eu não nasci aqui, escolhi este lugar para viver. Por isso, o Brasil é meu país duas vezes, é minha 'Pátria de Escolha', e eu me sinto cidadã de todas as cidades, desde o Cariri, ao Triângulo Mineiro, às cidades do interior e às da fronteira."
Assim Lina Bo Bardi naturaliza-se brasileira (1951)
Design de Jóias Lina Bo Bardi.
Em 1951, Lina projeta e constrói sua residência, a famosa "Casa de vidro", no bairro paulistano Morumbi. Desenvolve o projeto da poltrona Bardi's Bowl e promove ações para atualizar a moda em São Paulo, trazendo palestras e desfiles de estilistas europeus. 
Começa a atuar como docente, na faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (1957-1968).
Em 1957 inicia o projeto da segunda sede do Masp. 
Realiza  a exposição "Bahia no Ibirapuera",  para a V Bienal de São Paulo, no ano de 1959.
Em 1966 retoma o acompanhamento das obras do Masp na Avenida Paulista, e assim é inaugurado em 1968, com a presença da Rainha Elizabeth II da Inglaterra e autoridades brasileiras da época.  
Entre 1968 e 1972, Lina realiza a arquitetura cênica de peças e filmes, entre eles: A compadecida (George Jonas), Na Selva das cidades (José Celso Martinez Corrêa), Prata Palomares (André Farias e José Celso Martinez Corrêa), Gracias, Señor (Grupo Oficina).
Lina projeta no ano de 1976 a Igreja Espírito Santo do Cerrado, Uberlândia, sendo a obra concluída em 1982. Em 1977, projeta com Vainer e Ferraz o Centro de Lazer  Sesc - Fábrica Pompéia, também inaugurada sua primeira etapa no ano de 1982, e a segunda etapa no ano de 1986.
Seus últimos trabalhos foram: proposta para o concurso de projeto para o Pavilhão do Brasil na Exposição Universal de Sevilha (com Vainer, Ferraz, Suzuki e Fanucchi) e o Centro Cultural Vera Cruz, uma conversão dos pavilhões desativados da antiga empresa de cinema em São Bernardo do Campo, São Paulo (com Vainer, Ferraz e Suzuki).
Morreu no dia 20 de de março de 1992, na Casa de Vidro.

"Há um gosto de vitória e encanto na condição de ser simples. Não é preciso muito para ser muito."
Lina Bo Bardi

Casa de Vidro.
Lina Bo Bardi.

Masp.
Masp.
SESC Pompéia.
Igreja do Espírito Santo do Cerrado.

Poltrona Bardi's Bowl.
Fontes texto: WikipediaInstitutobardi.
Fontes imagens: web.

Escrito por Heloise Laurindo Travain.

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